chuva, chuva, chuva

Ouvindo Charles Musselwhite – Gone too long

>

chuva

>

Só reclamo da intensidade de Zeus plus água e trovões quando estou na rua, no mais neste quase sertão eu sou capaz de fazer a dança da chuva todos os dias. Entretanto, ontem dei uma reclamadinha básica, tive que deixar o volume da tevê em 100 para ouvir alguma coisa… Ontem foi a estreia dum aparelho de dvd modernoso. Minto, a estreia foi no sábado. Mas eu tenho certas safadezas em termos de horários, combinei com alguns amigos que em vinte minutos eu estaria pronta, no entanto, eu tinha acabado de chegar em casa com o tal do potentoso aparelho, uma olhadinha não mataria, né? Qual seria o “filme teste”? Apelei para Grease, quem me conhece sabe que é um (somente um) dos meus calcanhares de Aquiles. Decisão tomada, restava escolher uma música (digo… errr cena), não colocarei aqui o tempo que demorei para selecionar uma música até porque eu não fui capaz. Deixei rolar as duas primeiras e as duas últimas (Grease, Summer nights, You’re the one that I want e We go together)… É o único filme que tem a capacidade (ou funcionalidade) de deixar vir à tona tudo que há de colorido em mim (sem referências a Restart, please, please, please).

>

grease

>>

Daí eu deveria conseguir me aprontar pra sair, mas necas de pitibiriba… E como fica minha diva gorda amada? Ela não merece menção? Não merece uma eebertoonzinha (principalmente se meu inglês-californiano-cabeludo-predileto está presente)? Ou seja, eu precisava, no mínimo, ouvir You could be mine e o tema do Poderoso Chefão, né? Hm, um hora e meia depois consegui me sentar com a minha turma papa fina… E tive uma surpresa agradável: imaginei que a bandinha do bar fosse infernizar e atiçar meus preconceitos em relação ao poderio das bandinhas de pop rock. Errada, errada, errada! Sonzinho nada fuleiro da Moby Dick, banda de Matão que, apesar de não tocar The Who (hmpf, quem toca?!) mandou super bem no caldo rock’n’roll baby!

>

Na rádio skyler: Tina Turner – Private dancer (wow, boy!)

 

>

almas

>

O dia seguinte foi perfeito, eu ganhei o tempo que precisava para me afundar no sofá e começar a manjar qual que era da minha mais nova aquisição. Comecei com o tal do Cold souls (Almas à venda). A ideia de ter um filme e deixá-lo mofando costuma me irritar um bocado e eu queria testar a entrada usb do bicho… Cazzo! O aparelho é perfeito para os meus fins e o Paul Giamatti me surpreendeu (novamente). Sim, o filme lembra um pouco a premissa de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, mas nada de Kauffman ou Gondry e sim Sophie Barthes (a moça escrivinhou e dirigiu), fiquei impressionada com o filme! Sabe aquele filme que descaradamente (ou despudoradamente) brinca com a ideia do ator em primeira pessoa, mas não como uma celebridade que aparece en passant? Não, nada disso, em certa medida (bem longínqua), lembra o que foi feito em Quero ser John Malkovich. O filme (Almas à venda) não fez muito sucesso (não chegou a faturar um milhão nas bilheterias…), o que é uma lástima, o Giamatti é pusta dum ator, mas ele não tem muito apelo comercial… bloody shit! Acho que ele me lembra William H. Macy (de Fargo, Edmond e muitas outras pérolas) e talvez salve-salve Stanley Tucci (A vida e a Morte de Peter Sellers, The lovely bones)… Todos são ótimos atores, mas normalmente estão como coadjuvantes, quando são os leading as coisas não vão muito bem em termos de faturar… Gostando ou não a gente sabe da importância disso no processo de distruição das películas…

>

esta

>

Depois de ver se o usb funcionava caí pro meu mundo ordinário da adolescência (e pós também rs) e fui ver Exterminador do Futuro 2: o julgamento final. A cada vez que assisto percebo pequenas (novas) discrepâncias… Mas so what? É muito bom! Sabe aquele filme que você já tem decorada as falas? (o que não é muito difícil nesse caso). Os gestos? E que em hipótese alguma você pode se permitir assistir com outra pessoa? Sim, dou vexame pra mim mesma! Eu tenho as frases do Terminator, do John, da Sarah e (why not?) do T-1000. Minha única raiva em relação à franquia é terem chamado aquela besta do Jonathan Mostow para fazer a sequência, tantas possibilidades… E o roteiro então? Um lixo e aquela loira aguada (não me recordo e não procurarei o nome dela, mas é a mesma bitch que fez uma temporada em The L Word e depois foi chutada)… Argh.

>

exterminador 2 Schwarzzie e suas 17 falas (sim, no filme inteirinho)

>

Assisti Scoot Pilgrim vs. The World. Talvez faça algum sentido para os que curtem o gibizinho, games ou gamers em geral, mas não me ganhou (apesar do Cera, o menino é uma graça, né?)…

>

scottpilgrim_vs_theworld (1)

>

Fui ver Machete (uhu), o trailer é mais legal do que o filme, mas é o Robert Rodriguez voltando a fazer algo útil em termos de entretenimento. Danny  Trejo rules baby! O cara decepa tudo que vê pela frente e, a despeito da cara de almôndega pós encontro fatal com rolo-compressor-espinhoso-derramador de ácido… o homem conquista todo rabo de saia que passa pela frente. E ele tem um quê de Marv (Sin City), tirando a parte das mulheres, off course… Gamei no mexicano!

>

machete e marv

>

Hoje acordei preguiçosa por demais, liguei a tevê enquanto tomava meu café da manhã (pizza, claro… ontem foi domingo ué!) daí a HBO me prendeu no sofá… pra ver os 30 minutos finais de Philadelphia… Minto, para que eu me debulhasse em lágrimas durante os 30 minutos finais de Philadelphia. Tem uns filmes que você nem precisa de 30 minutos… Só de ver 15 segundos você já deixa rolar uma ou duas lagriminhas… Nesses casos (e Philadelphia tá na lista chorosa) prefiro me render rapidamente a ir fazer outra coisa (nas raras vezes em que não me rendi prontamente passei o tempo pensando na estória ao invés de trabalhar, ou seja, é contra-produtivo não re-re-re-re-rever alguns filmes).

>

Agora estou pronta para terminar um trabalho que tem me tomado mais tempo do que o esperado, isto é, vamos cair pra sociologia rural….

>

ok

>

Despeço-me ao som de Little Billy, The Who

 

>

Pra hoje já tenho pipoca e Inception (A Origem), vamos ver no que é que dá…

>

snakebites